Enfim, o verdadeiro assassino, segundo a própria Justiça, da Menina Vitória foi condenado e a uma pena de 34 anos.
Após quase 11 horas de júri, o servente de pedreiro Júlio Cesar Ergesse foi condenado a mais de 30 anos de prisão em regime fechado pelo assassinato da adolescente Vitória Gabrielly Guimarães Vaz, de 12 anos, em junho de 2018, em Araçariguama (SP).
Segundo a sentença, que foi lida pelo juiz Flávio Roberto de Carvalho, Júlio foi condenado a 18 anos por homicídio, 1 ano e 6 meses por ocultação de cadáver e 3 anos por sequestro.
Com as qualificadoras de motivo torpe, meio cruel, recurso que impossibilitou a defesa e crime cometido para ocultar, a condenação chega a 34 anos no total.
Ainda de acordo com a sentença do júri popular, o histórico do réu mostrou que sempre esteve em crimes graves e “péssima conduta social”.
De acordo com o advogado de defesa do Júlio, Glauber Bez, ele irá entrar com recurso. “Não concordamos com a decisão, porque é contrária com o que tem no processo. Foi provado que ele não estava lá no evento morte”, afirmou.
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Vitória Gabrielly foi morta em junho de 2018 — Foto: Reprodução/TV TEM
Além de Júlio, foi acusado pela morte da garota o casal Bruno Oliveira e Mayara Abrantes. Os dois ainda não tiveram a data do julgamento definida, pois a defesa entrou com recurso na Justiça para tentar impedir a decisão de júri popular. Com isso, o processo foi desmembrado.
Relembre momentos do caso
Em matéria que foi ao ar nesta sexta-feira (31), no ‘Cidade Alerta‘, programa de Luiz Bacci, revelou que novas provas no caso Vitória Gabrielly vieram à tona e mudam muita coisa. Tudo porque, segundo novas provas obtidas,há a possibilidade do sêmen de Julio Cesar estar em uma calcinha encontrada entre os pertences da vítima e entre as provas obtidas.
Há quatro semanas atrás, o MRNews havia apurado que o caso ainda não estava completamente esclarecido, mesmo já tendo o inquérito encerrado pela Polícia Civil. As novas provas, provavelmente, indicam a possibilidade de reabrir o inquérito.
Calcinha encontrada pode apontar abuso
Uma peça íntima, que ainda não se sabe de quem é, foi encontrada e após análise, foi encontrado material produzido pela próstata masculina, com DNA compatível com Júlio César.
No automóvel suspeito de levar a menina, também foram encontrados vestígios de outras pessoas que não são de Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges Abrantes. Aparentemente uma outra mulher esteve no veículo e, por conta disto, o caso ganha novo suspeito, ainda não identificado.
Todas as pistas encontradas, envolvem e colocam apenas Júlio César na cena do crime. A verdade é que a polícia não tem nada contra Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges Abrantes. O próprio advogado do casal disse que pedirá a liberdade de seus clientes por falta de provas.
O MRNews já havia alertado aqui o leitor, que as provas contra o casal eram frágeis e eles poderiam ser inocentados, caso novas provas de maior peso não chegasse. Contra o casal, apenas o depoimento de Júlio Cesar, que é, sem dúvidas, o autor do crime.
Falta esclarecer agora, quem mandou matar. Mas, será que teve mesmo um mandante?
Caso Vitória Gabrielly: dois meses depois da morte de menina, caso ainda não foi 100% esclarecido

O caso Vitória Gabrielly sumiu dos noticiários, depois que três dos suspeitos foram presos. Júlio César de Lima Ergesse, Bruno Marcel de Oliveira e Mayara Borges Abrantes, foram indiciados e ficarão presos até o julgamento, na penitenciária de Tremembé, em São Paulo.
O casal e o ajudante de pedreiro são acusados de matarem a menina Vitória Grabielly com requintes de crueldade e com motivação pífia. Vitória teria sido morta por engano, no lugar de outra menina e por dívida de drogas.
Além disto, o casal teria raptado a menina, mantido-a em cárcere e Bruno e Júlio César foram até o local da desova do corpo e ali, matado a menina. Júlio, aliás, teria sido o executor do crime. Entretanto, pouco ainda se sabe sobre o mandante do crime.
O crime foi esclarecido após o surgimento de uma nova testemunha, chamada ‘Gama’ que teve sua identidade preservada. Ela revelou que o mandante do crime seria um traficante, chamado Bryan.
Juiz aceita indiciamento da dupla e fala em ‘periculosidade acima da média’
Em determinação, o juiz que definiu a prisão do casal e de Júlio Cesar disse que a motivação seria pífia e que a periculosidade dos envolvidos é ‘acima da média’.
Quem é o mandante do crime de Vitória Gabrielly?
Recentemente a polícia revelou que o inquérito estava encerrado e que já se conhecia a autoria do crime, os mandantes e o motivo. O mandante seria um traficante, vulgo Bryan ou Nicolas, os executores Julio Cesar (que deu o golpe fatal), Bruno e Mayara. A motivação seria uma dívida de drogas de outra pessoa, ou seja, Vitória foi morta por engano.
A testemunha chave, que está sendo chamada de GAMA, um nome fictício, revelou que devia R$ 7 mil para Bryan e que Bruno e Mayara eram funcionários deste traficante. Eles faziam as cobranças para o fora da lei. A testemunha disse que o casal já era conhecido pela violência.
Bryan pode ser Bruno ou pode nem existir
A testemunha chave não soube precisar onde estava este Bryan. Nem mesmo deu uma descrição mais detalhada. Por conta disto, o inquérito que envolve esta pessoa foi desmembrado do processo principal.
Entretanto isto pode enfraquecer a participação do casal. Tudo porque o que ligava Bruno e Mayara ao crime seria a existência deste traficante que seria o mandante do crime. Se ele não aparecer, o caso pode sofrer uma reviravolta.
A polícia trabalha com a possibilidade que a testemunha tenha ocultado a verdade sobre Bryan, por medo, ou até que não tenha contado que Bryan é Bruno. Ou mesmo que tenha inventado a história, o que complicaria de vez o caso.
Fique atento aqui no MRNews, ative as notificações e acompanhe as novidades do caso de Vitória Gabrielly.