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LUCÃO DEIXA O VASCO E ASSINA COM RB BRAGANTINO, ENTENDA COMO FOI A NEGOCIAÇÃO

A saída de Lucão para o Bragantino sem compensação financeira gerou questionamentos da torcida e até da oposição. Muitos não entenderam o motivo de o Vasco ter liberado um goleiro promissor, campeão olímpico, com mais dois anos de contrato. Nesta terça-feira, antes da apresentação do equatoriano Luís Cangá, o gerente Carlos Brazil explicou a negociação e afirmou que todos no clube consideraram um bom negócio. A equipe carioca manterá 50% dos direitos econômicos de Lucão.

– Houve um entendimento da diretoria e de todos no clube de que a proposta seria muito boa. O Lucão abriu mão da dívida que nós tínhamos com ele, abriu mão de um contrato de dois anos com um valor relativamente alto. Além disso, ele também queria sair, queria um novo desafio. Além de toda essa geração de “receita” para o clube, a gente entende que ficando com um grande percentual do jogador, ele tem condições de se valorizar em um clube de Série A, com um contrato de cinco anos. A gente fica com um percentual grande e ainda podemos vender 20% em até dois anos para o Bragantino – explicou o dirigente, para completar:

– Todos entenderam que era um bom negócio. Nós temos acesso a dados que as pessoas não têm, como relatórios, planilhas, números… A gente sabe o que é melhor para o clube. O Lucão está nos deixando, mas vamos acompanhar a trajetória dele.

Carlos Brazil citou a vontade de Lucão deixar o Vasco, assim como aconteceu com Bruno Gomes, entre outros. Na opinião do dirigente, as críticas e até ameaças, em alguns casos, assustaram alguns jogadores mais jovens.

– Foi um ano difícil. Muitos dos meninos até foram ameaçados. Tenho de ter um cuidado quando fala isso. Alguém pode dizer: você está indo contra a torcida? De maneira nenhuma. A torcida é o maior ativo do clube. Nós vamos passar pena instituição, e ela vai continuar. É centenária, vai viver mil anos. Ninguém é maior do que a instituição, e o torcedor e ele é parte disso. Porém, às vezes, ele extrapola. Você me ameaçar é uma coisa. Ameaçar um menino de 18 anos tem mais dificuldade. A gente passa que está protegendo e que confia neles. A grande maioria dos meninos ficaram e aqui vão continuar. Óbvio que não quer ficar, a gente vai entender e vamos procurar a melhor solução para o clube – disse o dirigente, que ainda citou a boa relação com o Bragantino:

– Além disso ,temos uma relação muito boa com o Bragantino. É um clube empresa, que sempre tem negócio. Temos uma boa relação e conseguimos trazer dois jogadores de lá (Edimar e Weverton). Manter esse tipo de relação é muito importante. Entendemos que foi um bom negócio para o Vasco e para o jogador.

Outros trechos

Saída de Caio Lopes

Caio Lopes é uma situação específica. Por entendimento e por algum número que ele apresentou, o contrato não foi renovado. Esticaram um pouco o que podiam. Quando se estiva, você tem uma dificuldade maior de renovação. O Caio poderia ser uma opção do treinador, mas não era a primeira, nem a segunda e talvez não a terceira para o time. Conversamos com ele e com o empresário e se entendeu isso. Tentamos renovar para emprestar e, então, não houve o entendimento. O Vasco tem limitações financeiras. Pagar um salário alto tem de ter retorno técnico imediato. Ter retorno no futuro é uma aposta. Hoje o Vasco não pode se permitir a isso. Estamos trabalhando para daqui a dois anos termos outra situação. Que alguém chegue aqui e a gente dê o preço.

Caio Eduardo

Cada caso é um caso. Eu sou oriundo da base. Mas temos que olhar demanda do mercado, entender o momento que o clube vive. Muitas vezes você é obrigado a tomar determinadas decisões. Tem o caso do Caio Eduardo. O Vasco tente renovar faz mais de um ano. Mas ele e o empresário não querem. O que o Vasco pode fazer além de manter o contrato? É óbvio que vamos nos proteger diante dos órgãos competentes. Mas isso tem uma limitação.

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